Será que isso tá mesmo ficando claro? Não quero apontar vilões. E, se alguém é culpado aqui. Logicamente, esse alguém sou eu.
Não me perdôo pelas minhas escolhas. E mesmo assim, no final de tudo, ainda sou recompensada por elas em agora saber o que pra mim seria um ideal de relacionamento. E esse ideal se baseia na afinidade.
Nunca mais vou me deixar magoar, pois nunca mais vou me permitir estar ao lado de alguém que não pense como eu, não sinta como eu, não aja como eu.
E acho que o pai de Davi hoje é uma pessoa plena, feliz. Porque está na vida que sempre quis estar. Eu jamais soube dar a ele o que ele precisava. Sou uma pessoa subjetiva, ele é objetivo. Sou passional, ele racional. Como isso ia dar certo? As coisas que ele queria pra mim, nunca eram o que eu queria pra mim.
Não fazíamos nada que eu gostasse juntos. Adoro cinema, conversar com amigos, ficar em casa namorando... Ele gostava de família, praia e churrasco. Sou dos livros, ele dos números. Não é culpa dele. Não mesmo. Tudo que acontecia com a gente era reflexo de um amontoado de frustrações.
Ele acha lindo mulher independente. Eu sou extremamente dependente emocionalmente. Gosto de ser cuidada. Mas não falo de colocar comida e não deixar faltar nada em casa. Porque eu mesma consigo fazer isso. Seja lá como for.
O alívio chegou enfim. Poder respirar e ter algo que creio ser a coisa mais importante na minha vida: a tão esperada PAZ.