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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que se espera que aconteça


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Em pé, arrancando com as curtas unhas figurinhas coladas no guarda-roupa, você percebe: o tempo acabou há 20 minutos. Não. Foi antes e era tarde demais: uma semana não tinha como se fazer voltar.

As portas todas pareciam fechadas e um desespero te impedia de sumir. Tudo que você precisava fazer era se preservar. Guardar pra você mesmo toda a culpa por ter agido fora do tempo certo. Isso era pedir demais. Desumano, injusto, quase impossível.

Mesmo assim, você fez: Sumiu. 
Os minutos pareciam anos, dias inteiros e semanas se passaram sem que você percebesse. 
Aí, um dia a fome voltou. Uma manhã você despertou de um sono profundo. Tudo parecia finalmente ter voltado à normalidade. 

Nesse dia, seu telefone tocou. A voz era inconfundível. Você sabia quem era e sabia o que queria. Era perfeito sentir-se bem. Foi aí que a voz falou: “Tô feliz que você esteja melhor, mas tô bem agora...”. Você sabia que era um adeus. Mas agora era indiferente.

Desligou com um sorriso tranqüilo: “Agora tanto faz seu bem-estar, meu amor”. Você estava VERDADEIRAMENTE bem. O vazio deu lugar à paz.

E o melhor de tudo: você estava longe da mediocridadezinha da vida comum.

Wendy.

Um comentário:

**O que dizer do que escrevi?**