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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Clarice na Cabeceira

"Sou uma feroz entre os ferozes seres humanos - nós, os macacos de nós mesmos, nós, os macacos que idealizaram tornarem-se homens, e esta é também a nossa grandeza. Nunca atingiremos em nós o ser humano: a busca e o esforço serão permanentes. E quem atinge o quase impossível estágio de Ser Humano, é justo que seja santificado. 
Porque desistir de nossa animalidade é um sacrifício". (A Morte da Baleia, Clarice Lispector)

CLARICE NA CABECEIRA: CRONICAS-TERESA MONTERO (ORG.)

Comecei a ler Clarice ainda muito nova, 17 anos, por influência de uma antiga paixão proibida (ele era gay e namorava um amigo de mamãe, mas isso eu só vim saber anos depois). Aliás, devo muito de tudo que aprendi nesse tempo à esse cara, enfim...

Nunca li os mais lidos (A hora da Estrela, por exemplo). Comecei pela Paixão Segundo G. H. Achei muito doido. Nesse mesmo tempo esse mesmo cara me apresentou Caio F. Na época eu não entendia muito bem o que Caio dizia. Eu achava tão bonito ele lendo pra mim os contos, que mal prestava atenção nos textos...

O livro que terminei de ler hoje de Clarice me surpreendeu, sinceramente. Li coisas tão lindas. Algumas vezes me encontrei neles. O texto que li hoje não foi diferente. É a penúltima crônica da coletânea.

"[...] detesto a morte. Deus o que nos prometeis em troca de morrer? Pois o céu e o inferno nós já os conhecemos - cada um de nós em segredo quase de sonho já viveu um pouco do próprio apocalipse. E a própria morte". (Morte de Uma Baleia, Clarice Lispector)

Wendy.

Um comentário:

  1. Muito boa mesmo a frase sobre a morte...

    concordo...

    Beijinhos queridaaaa

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