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segunda-feira, 30 de julho de 2012

De vidro

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Em algum momento fizeram besteira em minha criação: meu coração e espírito são feitos de vidro.
Eles colam, conseguem conviver com alguns atropelos, falhas e mágoas.
Mas nunca superam.

É, sou daquele tipo de gente que não supera.
Bem, acho que é culpa desse material errado que usaram em mim.

Eu nunca sinto raiva, mas também nunca perdoo.
Ainda bem que consigo conviver com pessoas que em algum momento me machucaram.
E até vejo que é graças à elas que sou quem sou.

Estou tentando ver aí um transplante de coração.
E outro de alma.

Até lá, vou evitando pessoas que possam me magoar.
Viver com o coração e alma colados não é a mesma coisa de tê-los inteiros.

Wendy.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Em reforma.

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Ando confusa, como sempre.
Mas dessa vez cansei.
Cansei de me meter em encrencas.
Perdeu a graça.
Tenho um código de ética e só preciso achar um jeito de executá-lo.
Arrumei umas metas nem tão fáceis de cumprir, mas confio no objetivo.
Quando eu terminar a minha pequena reforma ainda serei eu.
Só que diferente.

Wendy.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Coisas para as quais eu nasci.

‎"Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O "amar os outros" é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra". 


Clarice Lispector e seus filhos. (via @juniormilerio)

"Quanto aos meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas tenho uma descendência e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o voo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres".



Clarice Lispector In. As três experiências.

Meu filho Davi (hoje com 8 anos) também não foi fruto de algo casual. Não fosse por ele, nada hoje faria muito sentido...

Wendy.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vantagens de ser bobo:

Para Milhouse:
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- O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo.
- Os espertos estão sempre atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.
- A vantagem de ser bobo é ter boa fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
- O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.
- Aviso: não confundir bobo com burros.
- Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: "Até tu, Brutus?".
- Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
- Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
- Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
- O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
- Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.
- É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

In. Clarice na Cabeceira, As vantagens de ser bobo. Clarice Lispector.

Wendy.

Quinta-feira de manhã me encontrei em Clarice


"Estou sem abrigo, o mundo me expulsou para o próprio mundo, e eu que só caibo numa casa nunca mais terei casa na vida, esse vestido ensopado sou eu, os cabelos escorridos nunca secarão, e sei que não serei dos escolhidos para a Arca, pois já selecionaram o melhor casal da minha espécie" 


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"De minha desmedida desolação eu só conseguia que ela fosse disfarçada. Alguém, radiante sob uma marquise, disse: que coragem, hein, dona! Não era coragem, era exatamente o medo. Porque tudo estava paralisado, EU QUE TENHO MEDO DO INSTANTE EM QUE TUDO PARE TINHA QUE ANDAR. 


Citações extraídas de MAL-ESTAR DE UM ANJO, crônica de Clarice Lispector.

Wendy

terça-feira, 3 de julho de 2012

A Outra [Filme]


Ano: 2008

"Rogo a Sua Alteza mais fervorosamente a desistir, e para isso a minha resposta em boa parte. Eu preferiria perder a minha vida do que a minha honestidade". (Ana Boleyn) - Esta recusa fez com que Henrique ainda ficasse mais atraído, e ele perseguiu-a implacavelmente. 

02/07, em casa: Fazia tempo que eu não via um filme épico. Adorei. Todo mundo sabe que tenho certa.. aversão a Scarlett Johansson, mas ela me conquistou no papel de Mary Boleyn, tão diferente dos tipinhos que costuma fazer com as mesmas caras e bocas irresistíveis de sempre (arght). Ela é a boa moça, mas não chega a ser enjoada não, muito pelo contrário. Tem um caráter bem interessante. Como eu disse, me fez tirar o chapéu e não fiquei revirando os olhos de raiva nas cenas dela.

Pena - pra ela - que o filme foi roubado pela perfeita atuação da Natalie Portman! Condenada dos infernos! Linda e talentosa. Ahasou.

Eric Bana: Ai ai ai ui ui.

Sessão colírio: Todos os suspiros do filme foram para o Eric Bana. Quando ele apareceu no filme eu lembrei "Heitor!!" - de Tróia. Era ele mesmo. Quanto tempo. E a idade o fez bem. Olha que nem sou muito chegada a essa imagem máscula e tal. Mas pra ele eu abro exceção.

Jim Sturgess: Adoro o cabelin!!

Falando em "másculo" na via contrária, e bem mais ao meu gosto, também tava o lindo do Jim Sturgess (Jude de Across the Universe). Foi impossível desassociar a imagem dele do musical. Era praticamente as mesmas expressões. Mas.. tão lindinho.. nem liguei! =P


A trama é perfeita e se trata de uma história real!! O melhor filme do gênero que ví nos últimos tempos. As mulheres tratadas como mercadoria, sem ter direito a escolher as próprias vidas. A ganância acima de todas as coisas. Bom pra refletir.

Recomendo.

Wendy.

Sombras da Noite [filme]

Ano: 2012

Dizem que o sangue é mais grosso que a água. É o que nos define, nos une, nos amaldiçoa.  Sombras da Noite   

01/07, Cinema (Moviecom): Fazia muito, MUITO tempo que eu não ia no cinema sozinha. Fazia isso com frequência aos 18 anos quando ainda estudava. Gostava, até. E percebi que ainda gosto. Não de ir sozinha, mas de cinema. Acho que o filme ganha uma outra áurea na telona. Com todo mundo num silêncio "cinêmico". Cada gesto milimetricamente sendo calculado pra não chamar atenção. Eu lá, também, olhando de canto de olho, vendo as pessoas se constrangerem tanto por apenas se mexer ou abrir um saco de balas.


O filme é FODÁSTICO. Sempre gosto muito da estética do Tim Burton, embora Edward Mãos de Tesoura até agora esteja intocável dentre os meus preferidos, acredito que Sombras da Noite era bem o que eu precisava assimilar na noite de domingo (quando eu estava apavorada por causa de um boato de fim de mundo pra essa data). Fala das nossas maldições. E dos elos de sangue. Percebi muitos filmes dentro desse. Em especial As Bruxas de Eastwick, dos anos 80, com Cher (alguém lembra?). Também gostei das falas. De muitas delas. Dava vontade de literalmente parar o filme pra copiar. O melhor filme que vi no cinema esse ano, certamente. SUPER-RECOMENDO!! Só senti falta de um papel de maior destaque pra Helena Boham Carter. Só isso. O resto, amei tudo.

A trilha sonora também é muito legal. Tem Carpenters! Mamãe ia gostar! A Ruiva também! 

Wendy.

As Sete Regras do Amor (filme)

Ano: 2003

30/06, em casa:
Eu tow numa vibe muito boa pra filme. Eles me tiram do meu mundo e me levam a um universo de reflexão. E, nesse contexto, percebo que sou mais romântica do que eu acreditava ser. Filmes "água com açúcar" tem me impressionado mais que os considerados clássicos ou de arte. Peguei esse filme, junto com alguns outros, na casa de minha tia. Fala de uma garota que perdeu a mãe aos 7 anos. Antes de morrer a mãe dela faz uma espécie de planejamento traçando o que ela deveria fazer em cada etapa da vida.   Pensei em como isso seria bom! Tudo bem, limitaria a vida da gente, ok, eu também percebo isso. Mas as vezes eu bem queria ter um roteiro a seguir. Da forma que sou disciplinada, não teria como dar errado. Ando com trauma de "erros". Nada de me dizer que é com eles que se aprende e blá-blá-blá. Eu queria a certeza do acerto. Isso tem me deixado confusa.



A garota do filme está dividida. Ela conhece o "cara perfeito", mas algo nele não encaixa na vida dela. Acabo de passar por essa experiência. Conheci o cara perfeito e me afastei dele por achar que não conseguíamos nos conectar. Mundos diferentes. Objetivos diferentes. Ainda torço para que achemos um ponto de equilíbrio, um lugar onde eu me sinta confortável por ser quem sou e por estar com alguém como ele, do jeito que ele é. Sinto como se um anulasse o outro. Ou como se tivéssemos que abrir mão de muita coisa em nós pra estar junto. As afinidades não são tudo, mas ainda acredito muito nelas pra deixar pra lá. 


Sim, tem a coisa das mãos. Ainda não conheci ninguém com quem eu gostasse de fato de andar de mãos dadas. Lembro uma vez que minha irmã falou que se sentia incomodada de andar de mãos dadas com qualquer pessoa. Mas ela conheceu um cara, e aprendeu a gostar de andar assim com ele. Vai ver ela nem percebe que está assim com ele...

Tomara que isso ainda aconteça comigo.

Wendy

domingo, 1 de julho de 2012

Esse Obscuro Objeto do Desejo

Não estou com muito saco pra falar. Nem tenho muito o que falar. Então vontade de ver muitos filmes. Eles sempre colocam minha cabeça no lugar. A saudade ainda é monstra. Vontade de ligar e dizer VENHA EMBORA. Mas agora ainda não é hora. Hora de dar tempo pras coisas se acertarem... Espero estar certa. Seguindo, como sempre, minha razão.

Vamos ao filme

Ano: 1977

ESSE OBSCURO OBJETO DO DESEJO, Sexta-feira, Dvd, em casa 29/06: Gostei, mas me fez muito lembrar um outro filme que agora eu não lembro qual. A coisa do querer impossível. Doentio. É legal. Tem horas que você é obrigado a ver alguns filmes de arte pra não enferrujar. Pena que estou mesmo numa fase "água-com-açúcar". Fazia uns dois anos que esse filme tava lá por casa. Vi finalmente. Nunca entendo relações unicamente passionais-sexuais. Até recomendo. Mas não veria de novo.

De saída.

Wendy.